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Festa Literária Internacional de Paraty

Toda a magia de uma cidade literária... em Paraty...


A Festa Literária Internacional de Paraty, Flip Edição 2013 é sem dúvida um dos principais festivais literários do mundo, caracterizada não só pela qualidade dos autores convidados, mas também pelo entusiasmo do público e pela hospitalidade da cidade. A Flip realiza cerca de 200 eventos, que incluem debates, shows, exposições, oficinas, exibições de filmes e apresentações de escolas, entre outros, distribuídos em Flip. Programação Principal, FlipMais, FlipZona e Flipinha, de 3 a 7 de julho de 2013.

Sobre a Flip: a Flip é realizada pela Associação Casa Azul, uma Oscip Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, criada com o objetivo de contribuir para a resolução dos problemas de infraestrutura urbana de Paraty. Além de promover a literatura, potencializa transformações na cidade nas áreas de preservação do patrimônio, educação e infraestrutura urbana e constitui um veículo poderoso de mudanças profundas no modo pelo qual a população faz uso dos espaços públicos.

Sobre a Programação:
Composta de uma conferência de abertura e 20 mesas que reúnem para uma conversa informal convidados dos mais variados horizontes; escritores, cineastas, historiadores, jornalistas e artistas plásticos, entre outros. A programação principal da Flip é realizada na Tenda dos Autores que possui um auditório com 850 lugares. Todos os eventos contam com tradução simultânea e são transmitidos na Tenda do Telão, com capacidade para 1.400 pessoas, e ao vivo, pela internet.

3 de julho – quarta-feira
19h30 – Conferência de abertura "Graciliano Ramos: aspereza do mundo, concisão da linguagem", com Milton Hatoum
21h30 – Show de abertura, com Gilberto Gil

4 de julho – quinta-feira
10h – Mesa 1: "O dia-a-dia debaixo d'água", com Alice Sant'Anna, Ana Martins Marques e Bruna Beber; mediação de Noemi Jaffe
12h – Mesa 2 : “As medidas da história, com Paul Goldberger e Eduardo Souto de Moura; Mediação Ángel Gurría-Quintana
17h15 – Mesa 3: "Formas da derrota", com José Luiz Passos e Paulo Scott; mediação de João Gabriel de Lima
19h30 – Mesa 4: "Olhando de novo para Guernica, de Picasso", com T. J. Clark; mediação de Paulo Sérgio Duarte

5 de julho – sexta-feira
10h – Mesa 5 : "Graciliano Ramos: ficha política", com Randal Johnson, Sergio Miceli e Dênis de Moraes; mediação de José Luiz Passos
12h – Mesa 6: "O prazer do texto", com Lila Azam Zanganeh e Francisco Bosco; mediação de Cassiano Elek Machado
15h – Mesa 7: "A vida moderna em Kafka e Baudelaire", com Roberto Calasso e Jeanne-Marie Gagnebin; mediação de Manuel da Costa Pinto
17h15 – Mesa 8: "Ficção e confissão", com Tobias Wolff e Karl Ove Knausgård; mediação de Ángel Gurría-Quintana
19h30 – Mesa 9: "Lendo Pessoa à beira-mar", com Maria Bethânia e Cleonice Berardinelli
21h30 – Mesa 10: "Uma vida no cinema", com Nelson Pereira dos Santos e Miúcha; medição de Claudiney Ferreira

6 de julho – sábado
10h – Mesa 11: "Maus hábitos", com Nicolas Behr e Zuca Sardan
12h – Mesa 12: "Encontro com Eduardo Coutinho", mediação Eduardo Escorel
15h – Mesa 13: "O espelho da história", com Aleksandar Hemon e Laurent Binet; mediação de Ángel Gurría-Quintana
17h15 – Mesa 14: "Os limites da prosa", John Banville e Lydia Davis; mediação Samuel Titan Jr.
19h30 – Mesa 15: "Encontro com Michel Houellebecq"; mediação de Javier Montes

7 de julho – domingo
11h – Mesa 16: "Graciliano Ramos: políticas da escrita", com Wander Melo Miranda, Lourival Holanda e Erwin Torralbo Gimenez; mediação de José Luiz Passos
13h – Mesa 17: "Tragédias no microscópio", com Daniel Galera e Jérôme Ferrari
15h – Mesa 18: "Literatura e revolução", com Tamim Al Barghoutti e Mamede Mustafa Jarouche; mediação de Arthur Dapieve
17h – Mesa 19: "A arte do ensaio", com Geoff Dyer e John Jeremiah Sullivan; mediação de Paulo Roberto Pires
18h45 – Mesa 20: "Livro de cabeceira – Convidados da Flip leem e comentam trechos de seus autores favoritos"; mediação de Liz Calder

Sobre a FlipMais: Programação paralela e complementar à principal, a FlipMais ocorre na Casa da Cultura de Paraty e em outros locais da cidade. Definida pela curadoria da Flip, esta programação promove pré-estreias e exibições de filmes, leituras de peças teatrais, exposições e debates.

O Escritor Homenageado “Graciliano Ramos”:
Professor, Prefeito, Cronista, o Escritor homenageado da Flip 2013, baseou-se principalmente em experiências pessoais para escrever seus romances. Para ele, a vivência individual esteve sempre ligada ao conjunto de circunstâncias espaço-temporais. Extremamente pessoal, sua literatura tem caráter universal.
Logo na infância Graciliano manifestou talento para escrita. Em 1904, ao lado de um professor e de um primo criou o jornalzinho O Dilúculo (alvorada) no qual publicou seu primeiro texto de ficção O pequeno pedinte. Um ano depois com medo de que o filho seguisse a carreira literária seus pais, Sebastião e Maria Amélia Ramos, o mandaram para um internato, mas nem assim conseguiram inibir sua paixão. Mesmo de lá o menino conseguiu publicar alguns sonetos na revista O Malho, do Rio de Janeiro.
Mesmo tendo que ocupar os mais diferentes cargos para manter as contas em dia, Graciliano não deixou de usar sua vocação a serviço de "todos os infelizes que povoam a Terra, como afirmou em seu discurso de 50 anos. A favor da literatura ao alcance de todos e contra ao fato dela se tornar muitas vezes um símbolo de distinção entre as classes sociais.

Sobre a Exposição:
Graciliano, a ética da escrita
Montada no espaço expositivo da Casa da Cultura de Paraty, a exposição em torno do autor homenageado da Flip 2013 parte de uma premissa fundamental: a de que o rigor que levou Graciliano a rever inúmeras vezes seus trabalhos é inseparável do seu posicionamento crítico diante dos problemas da sociedade brasileira.
Num país injusto como o Brasil, uma das sociedades com a distribuição de renda mais desigual no mundo, conhecimentos que deveriam estar ao alcance de todos tornam-se com frequência sinal de status, demarcando as diferenças sociais. A cultura literária é, em nosso país, um desses campos da atividade humana muitas vezes postos a serviço dessa lógica de distinção. Um dos traços marcantes da obra de Graciliano Ramos, é a crítica a essa concepção elitista da literatura. "A palavra não feita para brilhar", comentaria, mas "para dizer”.
A aposta na comunicação como o fundamental da escrita se opõe a concepções beletristas do literário. Em lugar do fetiche da grande obra, ou do grande autor, Graciliano enfatizará a importância da disciplina e do trabalho: "Deve-se escrever da mesma maneira como as lavadeiras lá de Alagoas fazem seu ofício". "Torcer" as frases para remover adornos desnecessários e chegar ao essencial da experiência humana. Essa é a ética de trabalho com que Graciliano moldou sua vocação de escritor, colocando-a a serviço de "todos os infelizes que povoam a Terra", e que essa mostra pretende tornar visível por meio da exposição de manuscritos e exemplares de livros rasurados pelo autor.
A ênfase na rasura, tomada como figura ética fundamental da criação de Graciliano Ramos, é complementada por material multimídia com fotos, filmes e depoimentos sobre o escritor.

Os Autores em destaque:
Aleksandar Hemon, Alice Sant’Anna, Ana Martins Marques, Bruna Beber, Cleonice Berardinelli, Daniel Galera, Dênis de Moraes, Eduardo Coutinho, Eduardo Souto de Moura, Erwin Torralbo, Francisco Bosco, Geoff Dyer, Gilberto Gil, Jeanne-Marie Gagnebin, Jérôme Ferrari, John Banville, John Jeremiah Sullivan, José Luiz Passos, Karl Ove Knausgård, Laurent BinetLila, Azam Zanganeh, Lourival Holanda, Lydia Davis, Mamede Mustafa Jarouche, Maria Bethânia, Marina de Mello e Souza, Michel Houellebecq, Milton Hatoum, Miúcha, Nelson Pereira dos Santos, Nicolas Behr, Paul Goldberger, Paulo Scott, Randal Johnson, Roberto Calasso, Sergio Miceli, T.J. Clark, Tamim Al-Barghouti, Tobias Wolff, Wander Melo Miranda e Zuca Sardan.

Sobre a Cultura Digital:
Na Casa Kobo da Livraria Cultura em Paraty, um debate sobre a cultura digital: a leitura nas redes sociais com Mona Dorf e José Luiz Goldfarb; um novo olhar para o futuro do livro e da leitura. Dia 04 de julho.
A Casa kobo da Livraria Cultura em Paraty é um convite à liberdade de ler, absolutamente, "sem fronteiras."


Foto: Livraria Cultura

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