Estátua de Nicolau Copérnico na Polônia.
O Núcleo de Cinema Ambiental da
Organização Neo Humanitarismo Universalista, ONH-U, celebra desde o início do ano de 2013, o Aniversário
de 540 anos de Nascimento do Pai da
Astronomia Moderna, Nicolau Copérnico, com sessões de cinema do filme
documentário Esferas Celestes, produção brasileira de 2009, Ano Internacional
da Astronomia, com direção de Ismael de
Lima Jr. O filme é um tributo ao
legado de Nicolau Copérnico para a
humanidade; aborda de forma lúdica a história do astrônomo polonês, autor da
obra “Sobre As Revoluções Das Esferas” (De Revolutionibus Orbium Coelestium).
O filme Esferas Celestes foi
exibido nas seguintes cidades: São Paulo (SP), Santos (SP), Campinas (SP), Rio
de Janeiro (RJ), Curitiba (PR), Londrina(PR), Florianópolis (SC), Porto Alegre
(RS), Belo Horizonte(MG); valorizando o cinema ambiental e a ecologia humana
através de sessões de cinema voltadas para a popularização da Astronomia entre
a juventude do Brasil.
O talentoso diretor do filme "Esferas Celestes", Ismael de Lima Jr. do Brasil.
"Esferas Celestes" em dvd e blu-ray.
O Legado de Nicolau Copérnico
Nicolau Copérnico nasceu em Tórun,
Polônia, em 19 de fevereiro 1473. Filho de um próspero comerciante também
chamado Nicolau e de Barbara, irmã do cônego e depois bispo polonês Lucas
Wascerode.
O pai de Copérnico morreu quando
este tinha apenas 10 anos. Copérnico foi morar com o tio (bispo Lucas) e aos 19
anos ingressou na Universidade de Cracóvia, na época famosa pela excelência dos
currículos de Astronomia, Matemática e Filosofia.
Em 1497, Copérnico viajou para a
Itália onde ingressou nas Universidades de Bolonha e Ferrara para cursar,
respectivamente, Direito e Medicina.
Costumava trabalhar sozinho
observando o céu a olho nu (a luneta para Astronomia só seria inventada um
século mais tarde) e por meio de aparelhos por ele construídos.
Em 1530, dedicou-se inteiramente
à Astronomia e terminou sua grande obra, denominada “De Revolutionibus Orbium Coelestium”
sobre as revoluções das esferas celestes na qual afirma que a Terra faz um giro
completo em torno do seu próprio eixo uma vez por dia, e move-se ao redor do
sol um vez por ano.
Essa obra foi publicada somente 30 anos após
ter sido escrita, isto é, no ano da morte de Copérnico. Conta a historia que
ele faleceu uma hora depois de pegar em suas mãos o primeiro exemplar de seu
livro, em 24 de maio de 1543.
As esferas e os dogmas da época:
•
O sistema de Copérnico embora revolucionário
para época, também tinha imperfeições. Uma delas era supor que as órbitas dos
planetas eram rigorosamente circulares.
•
O conhecimento humano sofreu um duro golpe com a
publicação da teoria de Copérnico, mesmo anos a pós a sua morte, durante o processo
de condenação de Galileu, em 1616, a igreja colocou a obra de Copérnico na
lista dos escritos proibidos, condição que permaneceu até 1835.
•
Pelos dogmas religiosos da época, se Deus havia
criado a terra e o homem para povoá-la,
como criatura à imagem do Criador, seríamos, portanto, superiores às demais
criaturas. De acordo com isso o universo existia apenas para que o Homem o
contemplasse. Acreditava-se que o filho de Deus estava no centro do cosmos e no
centro de todas as coisas.
O roteiro de
Esferas Celestes e o desafio de falar uma linguagem que todos pudessem entender:
“A cada dia
que passa, a ciência está nos mostrando novos limites para a ação humana, caminhos
pelos quais estamos ultrapassando a capacidade de suportar do nosso planeta. Um
desses problemas está no excesso de intensidade luminosa durante a noite. De
1970 para cá, a intensidade luminosa no mundo triplicou, medida em lumens per
capita. Dois terços das pessoas dos Estados Unidos e na Europa já não veem mais
um céu estrelado.
Durante um
blecaute em Los Angeles, nos EUA, pessoas procuraram médicos, por temerem, como
diziam, uma estranha substância líquida no céu: era a via láctea, que só então
viam na escuridão.” Washington Novaes, Jornalista.
A citação do
jornalista Washington Novaes é o ponto de partida para a fascinante jornada de
um diretor de cinema, Ismael de Lima Jr., de um astrônomo, Marcos Voelzke, e de
um grupo de escoteiros poloneses, Grupo Orzel Bialy, em busca do legado de
Nicolau Copérnico para a humanidade.
O depoimento
do astrônomo Marcos Voelzke desperta a curiosidade dos jovens escoteiros desde
o início:
“Quando
observamos o céu logo após o por do sol,
podemos ver as estrelas.
Uma estrela é
um globo de gás que se queima. A estrela tem luz própria. Nosso Sol é a estrela
mais próxima da Terra e o Sol move-se... ou será a Terra que se move? Por muitos
séculos, os astrônomos acreditaram que a Terra se mantivesse parada, enquanto o
firmamento girava em torno dela, que seria o Centro.
Quatro séculos
antes de Nicolau Copérnico, um astrônomo grego, Aristarco de Samos, apresentara
a teoria de que o Sol era o centro do universo. Mas isso era tão estranho que
seu sistema foi posto de lado.
Só por volta
de 1540, é que Nicolau Copérnico, astrônomo polonês, percebeu que os movimentos aparentemente complexos dos
Planetas podiam ser prontamente explicados se o Sol permanecesse parado e a
Terra e os Planetas girassem ao seu redor. O mundo levou 150 anos para aceitar
essa noção.
O estudo da
Astronomia tinha grande significação naquele tempo. O comércio marítimo
desenvolvia-se rapidamente, os navios tornavam-se cada vez maiores e avançavam
cada vez mais para longe da costa.
Quando
Copérnico estava com 19 anos, Colombo atravessou o oceano e descobriu a
América. A parte da navegação dependia de tábuas astronômicas especialmente
calculadas. Também era preciso estabelecer um calendário acurado, de modo que
as festas da Igreja pudessem ser adequadamente celebradas.
Naqueles
tempos, o estudo da Medicina achava-se intimamente aliado ao da Astronomia.
Supunha-se existir mística relação entre os órgãos do corpo humano e os signos
do Zodíaco. Durante seus tempos de estudante, Nicolau Copérnico foi nomeado
Cônego em uma Igreja de Frauenberg. Aos 33 anos, terminou sua vida de estudante
e iniciou os seus serviços de Cônego. Estabeleceu-se em uma das Torres do muro
defensivo que cercava a Catedral, hoje conhecida como Torre de Copérnico, esta
lhe serviu de Observatório.
Nicolau
Copérnico traçou um quadro geral do Universo com o Sol no Centro e a Terra
revolvendo em torno dele, como planeta. Explicou porque ocorrem as estações.
Mostrou que não vemos as estrelas na mesma posição celeste na Itália e no
Egito, e nem podemos ver do Hemisfério Norte, estrelas que vemos no Sul. Quando
se coloca uma luz na ponta de um mastro, ela parece descer gradativamente à medida que o navio se
afasta, no mar. Finalmente desaparece, parecendo mergulhar no oceano.
Nicolau
Copérnico usou esses argumentos para provar que a Terra é redonda; discutindo
os movimentos aparentemente erráticos dos planetas, movendo-se às vezes para a
frente e às vezes para trás, e nos intervalos parecendo parar. Mostrou como
esses movimentos seriam perfeitamente regulares se se considerasse o Sol como o
centro do movimento planetário.”
O filme “Esferas
Celestes” do Núcleo de Cinema Ambiental da ONH-U, ultrapassou os vinte mil
espectadores em 2013, com exibições alternativas voltadas para a juventude em
cinco Estados do Brasil. O filme foi
dublado em polonês e exibido em várias
cidades da Polônia.
“No meio de tudo mora o Sol, pois quem
poderia colocar esse lampadário em outro lugar, ou melhor, lugar nesse
gloriosíssimo templo do que daquele de onde possa ao mesmo tempo iluminar o
todo?” Nicolau Copérnico (1473-1543)
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